quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Audiência pública na UFPA debateu educação no campo

Discutir sobre a implementação do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronocampo), lançado em março de 2012, e as demandas da Educação do Campo no Estado do Pará e, ainda, contribuir para o fortalecimento do regime de colaboração entre os entes federativos foram os objetivos da audiência pública realizada na última quarta-feira, 18, no auditório do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Pará (ICED/UFPA). A sessão resulta da articulação do Fórum Paraense de Educação do Campo (FPEC), cuja coordenadoria está a cargo do professor Salomão Hage, em conjunto com o Observatório da Educação Superior do Campo e a Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Pará.
O deputado Zé Maria (PT) compôs a mesa de debates e lembrou que ainda quando era dirigente na Fetagri-Pa, e integrava a coordenação do FPEC, o debate em torno da educação no campo já existia e que a consolidação de um programa nacional para contemplar esta modalidade se deve a debates que nasceram aqui no Pará.
Estiveram presentes à audiência pública representantes de diversas instituições, tais como a diretora do ICED/UFPA, professora Ana Maria Tancredi; Thiago Thobias, diretor de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Relações Étnico-Raciais – unidade vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC); a coordenadora do Grupo de Trabalho Afro-Amazônico da UFPA, professora Zélia Amador; professores das Universidades do Estado do Pará (UEPA) e Federal Rural do Pará (UFRA), bem como do Instituto Federal do Pará (IFPA); a promotora de Justiça Graça Cunha, do Ministério Público do Estado; dirigentes da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e de Secretarias Municipais de Educação; integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entre outros.
Desafios
Por meio de gravação em vídeo, a titular da Secadi, Macaé Maria Evaristo dos Santos, apresentou a postura institucional do MEC no que tange às questões da Educação no Campo. “É com investimento em infraestrutura e capacitando professores que podemos garantir melhores condições de vida para os que vivem nos mais diferentes lugares, em cenários diversificados. A escola é uma forma de fazer chegar políticas ao povo do campo”, afirmou.
Segundo Thiago Thobias, a presidente Dilma Rouseff e o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, estão comprometidos com a pauta de Educação no Campo. “Sabemos da importância do problema e do tamanho da dificuldade. Estamos aqui para ouvir as demandas e encaminhá-las. Porém a responsabilidade é compartilhada. Estados e municípios também têm um papel importante a ser cumprido”, destacou.
Após o diretor da Secadi ter apresentado índices do Pronacampo, programa do governo federal, foram discutidas formas de aprimorar as práticas pedagógicas, a exemplo da Pedagogia da Alternância, que mescla períodos em regime de internato na escola com outros em casa, como estratégia para fixar o homem no campo. Também foram cobrados investimentos em infraestrutura; a garantia de direitos, por exemplo, a disponibilização de creches para crianças a partir dos 4 anos; e o aprimoramento do currículo escolar de forma a contemplar as especificidades daqueles que vivem no campo. Os encaminhamentos da audiência pública foram apresentados ao governo do Estado, em reunião na quinta-feira, 19.
Em termos de metas para o PRONACAMPO, estão previstas até o final do governo Dilma:
1 – A construção de 3.000 escolas;
2 – A formação inicial de 45.000 professores e a formação continuada de 40 mil educadores do campo;
3 – A implnatação do Programa Escola da Terra, com a formação de 07 mil professores das escolas rurais e quilombolas;
4 – PRONATEC Campo – Qualificação de 30 mil jovens e adultos da agricultura familiar.

Com informações da Ascom UFPA


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