terça-feira, 25 de setembro de 2012

Zé Maria quer providências do Governo sobre assassinato de vigilante em Santarém


O assassinato do vigilante David Martins Santos ocorrido na manhã de ontem na cidade de Santarém, região Oeste do Pará, repercutiu na Assembleia Legislativa do Estado do Pará durante a sessão deliberativa de hoje, 25 de setembro. Quem deu o tom de indignação ao tratamento diferenciado dado pela Polícia Civil e Militar ao executor dos disparos que ceifaram a vida do trabalhador, o policial rodoviário Carlos André da Conceição Costa, foi o líder da bancada de parlamentares do Partido dos Trabalhadores, deputado Zé Maria.
O parlamentar classificou como “inaceitável a liberação e a escolta do executor realizada por policiais militares até o aeroporto”. Zé Maria protocolou na Casa requerimento solicitando ao titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Luiz Fernandes, pedido de providências para apurar o caso. “Precisamos saber por que todo esse cuidado foi atribuído a alguém que cometeu um crime bárbaro. Queremos essas e outras explicações”, enfatizou.
Em discurso, Zé Maria afirmou ser necessário esclarecimento sobre o porquê da liberação do policial rodoviário após o depoimento e durante o debate sobre o assunto na Alepa, o deputado Nélio Aguiar (PMN) afirmou que a polícia estava agindo conforme os princípios legais e destacou que a entidade de segurança deve proteger todos os cidadãos que estão sob sua tutela. “A polícia agiu desta forma por que estava cumprindo seu dever, que é proteger”, destacou.
Entenda o caso...
Na última segunda-feira, 25 de setembro, o policial rodoviário federal Carlos André da Conceição Costa, natural de Campinas, São Paulo, assassinou com dois tiros o vigilante David Martins Santos, de 38 anos, residente no bairro do Santarenzinho, em Santarém, região Oeste do Pará. Após prestar depoimento na Seccional de Polícia Civil, deixou a cidade por volta das 16 horas do mesmo dia, em uma aeronave da TAM. O crime que vitimou o vigilante aconteceu na Praça do Mirante, atrás da Escola Frei Ambrósio.
O que mais chamou atenção das pessoas que estavam no Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém, foi o PRF chegar escoltado por um forte aparato da Polícia Militar, sob o comando do Major Costa, inclusive estava vestido com uma farda da PM, para tentar se disfarçar e fugir da imprensa e dos familiares da vítima.
Um fato que revoltou todos que estavam no aeroporto, é que o Policial Rodoviário Federal estava rindo quando chegou no local, como se nada tivesse acontecido. Na ocasião, ele entrou com a farda da PM no banheiro do aeroporto, trocou de roupa e saiu para a sala de embarque com uma roupa comum. Todos perguntam: como é que uma pessoa mata um trabalhador, presta depoimento na Polícia e depois sai da cena do crime como se nada tivesse acontecido? O Ministério Público e a Justiça devem se pronunciar sobre o caso.
Revoltada, a família tentou invadir a Seccional de Polícia. David Martins Santos tinha 37 anos, trabalhava na agência Martins, que presta serviços à Prefeitura de Santarém. Várias versões foram dadas até agora sobre o crime que ganhou repercussão nas redes sociais de Santarém e da região Oeste do Estado. Segundo versão do Major Costa, da Polícia Militar, o segurança ao fazer a abordagem de três menores que estavam na praça não observou que no mesmo local estava o Policial Rodoviário, que ao se deparar com a situação pensou que se tratava de um assalto e sacou sua arma efetuando dois disparos contra o segurança que morreu no local.
Familiares e amigos de David Martins Santos foram até a Seccional de Polícia Civil acompanhar o depoimento do PRF Carlos André. A mãe da vítima, Dona Raimunda, que foi diretora da Escola José de Alencar, bastante nervosa e em prantos pedia Justiça. Outros familiares de David e amigos, mais exaltados, tentaram invadir a Seccional, mas foram contidos pela Polícia Militar, com apoio do Grupo Tático, que montou uma barreira para impedir a invasão. Polícia Comandada pelo Tenente Coronel Antenor Nascimento de Oliveira, Comandante do Batalhão Tapajós do 3º BPM.

Com informações do jornal O Impacto

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